A grande maioria das GPs que eu conheci eram de outras cidades/estados. É difícil ver uma garota que trabalhe na sua cidade natal, pelo fato de correr mais risco de ser reconhecida.
Eu me arrisquei. Trabalhei como GP na cidade onde nasci e cresci, e SIM! Encontrei conhecidos pelo caminho. Confesso que no começo pensei "em uma cidade grande como Floripa, será difícil encontrar um conhecido", mas aconteceu, e não foi uma vez só!
Na hora sempre era um susto, uma situação meio constrangedora, mas no fim das contas... Estávamos todos no mesmo barco! Eu como puta, eles como clientes, então... Dane-se!
A primeira vez aconteceu logo na primeira semana de trabalho. Eu estava indo para o quarto com um cliente, quando vejo um colega de longa data entrando na casa. Demos de cara um com o outro, mas não falamos nada. Entrei no quarto, e fiquei sabendo que ele acabou não fazendo programa e indo embora. Em seguida mandei uma mensagem pra ele no Facebook, mas ficou por isso mesmo. Falamos normalmente hoje em dia, mas meio que "de longe", sem muita intimidade.
A segunda vez conseguiu ser um pouco pior. Eu estava de folga pois estava mal, com virose, diarréia, vômito, aquelas coisas BEM chatas! Mas eu morava na casa de massagem, então fiquei por lá mesmo, deitada em um dos quartos. No início da noite a cafetina pediu para um cliente-amigo me levar na Emergência, e quando estou saindo da zona... Dou de cara com um cara que estudou comigo na PRIMEIRA SÉRIE!!
-Fulana? - Ele perguntou, me chamando pelo meu nome real.
Corri pra dentro do carro e não falei nada. Não queria ser vista naquele estado, saindo de uma zona... Com certeza não acreditaria que era virose mesmo, e o boato seria: "puta tendo uma overdose" hahah!
Ele perguntou para outra garota:
-Essa não é a Fulana?
E a colega respondeu:
-Não, o nome dela é Juliana!
Vai que cola, né?
Ainda na casa de massagem, consegui ir um pouco mais além... Já comentei aqui que minha memória fotográfica não é lá aquelas coisas! Pois é... Só fui lembrar que conhecia o cara no meio da transa, hahah! E ainda porque ele falou:
-Você não é a fulana, que tantos anos atrás acampou em tal praia com o fulano, o ciclano e a beltrana?
Opa! Não é que sou eu mesma?
Agora que já estamos aqui, vamos continuar... Pensei, e continuei! Ele nem era tão conhecido assim.
Na boate ocorreu mais um caso. Dei de cara com uns 3 colegas que estudaram comigo na 7ª série! No começo tentei negar até a morte, que meu nome era Juliana mesmo e blá-blá-blá. Mas não colou, e no fim das contas foi até bom. Demos boas risadas, e eles me trataram com o maior respeito. Não atendi nenhum deles, mas um dia estava bêbada e fiz strip na frente de um (eles eram clientes meio frequentes). Morri de vergonha depois... Pô! Estudei com o cara, é foda né hahah!
E por fim, já trabalhando somente por anuncios, um cliente ligou, agendou, chegou na hora e... Era mais um colega de escola! Êêêê!
-Eu te conheço! - Falei
-Eu também! - Ele respondeu
Mas não atendi... Ficou por ali mesmo, e não tivemos mais contato.
Sabe, nunca tive medo de me reconhecerem e saírem espalhando por aí, até porque as pessoas que realmente importam na minha vida (e tem idade para isso), sempre souberam da verdade, então eu não tinha o que esconder. Mas que é uma situação esquisita, não posso negar!
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