Com um short vermelho que já estava ficando largo e blusinha preta, lá estava eu, pronta para minha primeira noite de trabalho como garota de programa. Era uma 5ª feira e as meninas que já trabalhavam na casa conversavam e riam alto.
Era necessário escolher um nome. O tal nome de guerra.
-Bia?
-Não, já tivemos uma aqui e não deu certo.
-Larissa?
-Não, dá azar. A noite tem dessas coisas.
-Fernanda?
-De jeito nenhum! A última Fernanda que teve aqui era uma fofoqueira!
Por fim, fui batizada de "Juliana" com a aprovação de todas as meninas.
Sentei no sofá imaginando como seria meu primeiro atendimento. Perguntei 50 vezes como deveria agir no quarto. Chego atacando? Tirando a roupa? Espero ele agir?
A campainha tocou. Um homem para cinco mulheres. E ele me escolheu! Como é que faço agora?
Meu coração saindo pela boca. Calma, é apenas sexo. Nada que você nunca tenha feito.
Entramos no quarto e fui lembrando todas as intruções que recebi:
-Oi, meu nome é Juliana. É meia hora ou uma hora?
Meia hora, menos mal.
-Gato, já volto. Se quiser pode tomar um banho, trago toalha.
Enquanto fui buscar toalhas e preservativos fui me acalmando.
Quando voltei pro quarto lá estava ele:
-Tomei banho em casa. Vem!
E agora? Respira, inspira, e vamos lá. Fazer sexo em troca de dinheiro!
Fui chegando, tentando sensualizar, tremendo.
-É minha primeira vez fazendo programa. Tô um pouco nervosa!
Não sei se ele acreditou, e seguimos em frente. Tiramos a roupa, e quando ele tirou a cueca... Puta que pariu! Isso é um pinto ou um braço?
Fui chegando, dando beijos pelo peito e barriga dele até chegar no dito cujo. Meu querido! Você falou que tinha tomado banho! Prendi a respiração e fui. Vem por cima, de lado, de costas. Goza, toma banho... Filho da puta, porque não fez isso antes? E tchau!
E assim foi meu primeiro atendimento. Não foi a experiência MAIS difícil do mundo. Era meio fedido, verdade, mas poderia ter sido pior.
Não me senti suja, culpada, nem nada parecido com alguns relatos que eu havia lido. Enquanto tomava banho tentava assimilar a idéia de que eu havia feito um programa. Ganhei dinheiro pra dar a perereca. E a parte do dinheiro me agradou.
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