Muitas vezes lidamos com clientes que são carentes, e as vezes por tratarmos bem, acabam se apegando mais do que deveriam. Sempre falo "pega, mas não se apega". Mas certas vezes pelo tratamento, carinho, e sexo é claro, acabam confundindo as coisas.
A primeira vez que tive um cliente "no meu pé" foi um baixinho que eu atendi na casa de massagem. Ele já era rodado nas zonas (tem clientes que acabam ficando conhecidos, de tanto que frequentam) e sempre se apaixonava por alguém.
Atendi ele algumas vezes, e certa vez ele disse:
-Gata! Tenho uma casa que é a sua cara! Na praia, super tranquilo. Vamos lá passar um fim de semana? Mas assim, cada um leva seu dinheiro...
-Claro, qualquer dia a gente vai.
Sabe quando falamos algo sem pretensão alguma? Quando a gente responde, só por responder? Afinal, como eu ia falar pro moço "não, nunca irei"? Hoje em dia, sou mais direta e sincera, até para evitar esse tipo de situação. Mas no início, ficava sem jeito de dar um NÃO com medo de perder o cliente.
Esse baixinho começou a ir na casa de massagem TODA sexta-feira. Mas não ia para fazer programa, ia para perguntar:
-E aí gata, vamos amanhã?
-Amanhã não dá!
E assim seguiram semanas, até que um dia precisei ser direta e falar que estava fora de cogitação passar fim de semana com ele, que tenho minha vida pessoal, que não ia rolar, etc etc...
Ele virou pra mim e disse:
-Nossa como você está fria hoje. Sei que está dizendo não porque deve estar com algum problema!
As pessoas se iludem sozinhas. Ele continuou indo mais algumas semanas, dessa vez para fazer programa mas sempre insistindo no assunto, até que decidi não atendê-lo mais pois estava ficando chato demais.
Outra vez, já quando trabalhava em boate, conheci um senhor que era conhecido na zona também. Gastava "muitos" mil reais pagando doses, levando várias meninas pro quarto, pagando show. Enfim, gastava mesmo! Não sei o motivo, mas eu acabei virando "a preferida" dele. Me dava "caixinha", pagava as melhores bebidas, dava um cachê melhor no meu show. Nunca fomos além do programa, nunca saímos "por fora" e nunca jurei amor... Até que um dia ele virou pra mim e perguntou:
-Juliana, até quando vamos ficar nessa situação?
-Que situação?
-O dinheiro que gasto aqui nesse lugar, posso dar todo pra você.
E continuou falando, até que tocou no assunto de casamento. Até então, eu o considerava apenas um ótimo cliente, nada além disso. Dei uma gargalhada, achando que ele estava brincando.
Mas que nada! O homem falava sério mesmo, e ficou extremamente chateado. Foi uma situação bem chata, mas realmente eu jamais conseguiria casar, manter uma vida ao lado de alguém, pelo dinheiro e sem amor.
Essas histórias de clientes que se apaixonam pelas acompanhantes são mais comuns do que se imagina. Já vi inclusive clientes que "contratam" amantes fixas para dar mesada, bom emprego, casa, etc, ou seja, as pessoas realmente pagam pra se iludir (ou sei lá como chamar isso). Muitas meninas acabam aceitando pelo conforto oferecido. Claro que existem casos em que a menina realmente se apaixona também, que rola química, etc. Somos mulheres normais, e se o cara é gente boa, o que impede de rolar algo sério? Tudo depende da pessoa.
Comigo não rolou mesmo. Está fora da minha linha de pensamento, e do rumo que minha vida está tomando. Digamos que meu coração já está bem preenchido, e isso me basta.
São coisas que acontecem!
Hahaha... Amo seu blog!
ResponderExcluirOi Ju (pode chamar assim, já chamando..), gostei muito da iniciativa do blog.
ResponderExcluirMinha opinião masculina está basicamente nas desculpas que tu citou em um post anterior: Instinto masculino, carência, falta de sexo em casa, casamento em Crise.
A maioria das GP's minimamente se esforçam para dar atenção ao cara e isto acaba maravilhando quem não tem isso em casa. Também sou da opinião que homens são tão carentes quanto as pessoas acham que as mulheres são. A não-expressão ou a forma de se expressar é que se torna diferente.
O relacionamento é feito por pessoas, o relacionamento depende da boa interação dos envolvidos, pessoas tem expectativas diferentes. Neste caso, decepções e frustrações são catastróficas, seja pequenas ou grandes. Os meus relacionamentos se encaixaram na máxima:
Uma mulher casa com um homem esperando que um dia ele mude, mas ele não muda.
Um homem casa com uma mulher esperando que ela não mude nunca, mas ela muda.
Bjo
Oi. Ju.
ResponderExcluirEstava aqui em casa bem de boa lendo seu blog, que por sinal adoro e acompanho, quando li esse seu último post.
Dois pensamentos me surpreenderam.
O primeiro foi: Nossa! Lembro-me disso, sei quem é o senhor em questão e já presenciei cenas do tipo.
E o segundo pensamento foi, será que me tornei algo semelhante ao tipo de cliente que tu citaste em seu ótimo conto verídico.
É... Tenho que me cuidar.
Enquanto isso... Continuarei te acompanhando por aqui e se descobrir quem sou manda um sinal de fumaça quando nos virmos novamente.
Beijos, Doutor H.
Não doutor H! Você não se compara a eles. Você é um cavalheiro que sabe tratar bem as mulheres, mas não é um pegajoso rsrs
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