segunda-feira, 28 de setembro de 2015

A Zona É Uma Escola

Esse post é uma continuação desse aqui

Fiquei uns 4 meses trabalhando nesse "privê" de R$70. Hoje tenho noção de que não era lugar pra mim. Nada contra, mas o jeito como eu era tratada e o pouco que ganhava por programa, era desgastante demais. Acho que quando uma mulher entra nessa, deve se valorizar ainda mais. Afinal não estamos trocando uma lâmpada, ou dando banho num cachorro, mas expondo a nossa intimidade de uma forma imensurável, e passando por uma situação que não é fácil: fazendo sexo com uma pessoa que nunca vimos na vida.
Pra chupar pinto, trepar, deixar ser tocada, lambida, virada de bruço, de frente, de costas... No mínimo precisamos ser bem recompensadas!
Mas enfim, como eu não conhecia nada sobre a prostituição ainda, fiquei trabalhando ali por esse período. E apesar de não ter sido nada fácil, aprendi muito naqueles meses. Quando cheguei lá achei que sabia muita coisa sobre a vida e que tinha muita experiência sobre sexo. Hahaha! Como eu era inocente. A zona foi uma escola pra mim. Aprendi muito sobre as pessoas, sobre os homens, e principalmente sobre mim mesma... E sexo é claro! Quando fazer sexo com uma mulher custa apenas R$70, dá pra ter uma idéia de tudo que vemos pela frente. Também esbarrei com histórias de muitas meninas diferentes, e admiráveis.
Apesar de receber pouco pelo programa, eu trabalhava muito bem nessa casa. Nesse período aluguei um apartamento, trouxe minha filha pra morar comigo, pagava babá, creche, e me mantinha bem sozinha. Não sobrava muito dinheiro, mas pelo menos consegui algum avanço tendo em vista o jeito que eu estava quando entrei nessa vida.
Mas eu já não aguentava mais trabalhar naquele lugar. Era estressante, cansativo, e eu já tinha noção de que ganhar R$35 era realmente muito pouco para uma transa de meia hora (meia hora de programa = R$70 sendo que 50% para menina e 50% para a casa). Mal conseguia olhar para a cara da dona, e apesar de me dar muito bem com as outras 4 meninas que trabalhavam lá, um dia cheguei ao limite, discuti com a dita cafetina, me revoltei, peguei minhas coisas e resolvi ir embora. Chamei um taxi, peguei o pouco dinheiro que tinha na casa e fui!

Cheguei em casa e fiquei pensando o que iria fazer... Não conhecia mais nenhum lugar para trabalhar, tinha apenas R$250 na carteira e na semana seguinte precisava pagar aluguel e a babá. Comecei a busca na internet de novo, e entrando no site GP Guia fiz uma lista de várias casas (casas de massagem e privês) em Florianópolis para começar a ligar no dia seguinte...


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