segunda-feira, 28 de setembro de 2015

A Saga Por Uma Casa

Esse post é continuação desse aqui

Fiz uma lista com mais ou menos 15 casas de massagem em Florianópolis, e na manhã seguinte comecei a ligar perguntando se precisava de menina para trabalhar.

Fui fazer um teste em um privê, durante o dia. Ao chegar lá, se tratava de uma sala comercial. Embaixo era a recepção, e em cima os quartos.  A maioria das cafetinas não informa o valor do programa por telefone. Quando cheguei lá quase caí pra trás: R$50 meia hora! Ou seja, R$25 para a menina, e R$25 para a casa. Puta que pariu, é muito pouco! O problema é que eu não tinha nenhum plano B, já era meio da tarde e não tinha combinado de ir conhecer nenhuma outra casa. Já estava ali, e até a noite anterior estava dando por R$35, então fiquei só pra não perder a viagem, mas já tinha certeza que não iria ficar lá de jeito nenhum. A higiene era precária, os lençóis não eram trocados entre um programa e outro, havia um certo fluxo de clientes na casa já que trabalhavam umas 6 meninas, e somente um banheiro para todos - um caos! Acho inclusive que as toalhas eram colocadas somente no sol para secar, e guardadas novamente, pois algumas tinham um cheiro muito forte. Fiz uns programas e tchau!

Resolvi conhecer outro lado da noite, as boates. Nunca havia entrado em uma, só ouvia falar muito. Trabalhei alguns dias no Bokarra, uma boate grande e bem conhecida aqui em Florianópolis. E depois conheci a Doce Veneno Cafe, onde fiquei alguns meses trabalhando.
Existe uma grande diferença entre trabalhar em casa de massagem (ou agência, privê) e boate. Geralmente nas casas de massagem não tem muita enrolação, o negócio é bem direto: o cliente chega, vê as meninas disponíveis, escolhe uma e vai pro quarto.
Em boate o negócio já é bem mais lucrativo, porém muito mais trabalhoso, pois você precisa caçar o cliente rsrs. Tem que conversar, beber, praticamente "convencê-lo" de fazer um programa com você. Sem falar que existirão outras tantas mulheres fazendo o mesmo (principalmente em dias de movimento fraco).
Geralmente existe um valor mínimo para o programa (estipulado pela boate), e as meninas negociam com o cliente. Já fiz programa de 40 minutos por R$400 (40 minutos leia-se 40 minutos dentro do quarto, pois até eu e o cliente tomar banho, conversar um pouco, rolava no máximo 15, 20 minutos de sexo...), e já vi casos em que rola até mais. Tem também o lance das bebidas, pois as meninas ganham comissão sobre os drinks.

Consegui ficar nessa rotina de boate durante alguns meses, ganhei bem, comecei a fazer show de strip, conheci ótimos clientes e colegas de trabalho. Mas confesso que é extremamente cansativo. Aquela disputa de vaidades, de clientes, o cansaço. Muito agito, muita bebida também. No outro dia estava destruída, e as vezes até meio depressiva. Mas é o preço que se paga para ganhar um bom dinheiro na noite.
Com o tempo acabamos virando "zumbis", e esquecendo como é bom ter uma rotina diurna (bom, pelo menos para mim é bem melhor). Foi esse motivo que me levou a trabalhar de dia, somente por anúncio, e está sendo muito melhor assim, pois como já falei por aqui, paz de espírito é tudo. Se eu não estiver de bem com a vida, de bem comigo mesma e com minha rotina, jamais vou conseguir trabalhar legal.

5 comentários:

  1. Olá Juliana...

    Acompanho suas postagens, acho muito interessante ler e acompanhar sua vida, gostei muito do jeito que você escreve e gostaria muito de um dia te conhecer, haha...

    Beijo, escreve mais!

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  2. tudo que eu precisava ler encontrei aqui, a alguns anos venho amadurecendo essa ideia,comocei a me relacionar com homens casados a troco de alguns presrentes e nao vale a pena,eles quererm exclusividade,pagando com migalhas,ja que estou na chuva decidi em molhar,vou procurar uma boate p trabalhar este ano.Tenho muito medo de nao me adaptar,tenho 20 anos,universitária,um futuro pela frente.O financeira esta precário,trabalho muito e ganho pouco,homens so aparecem em minha vida querendo sexo,sexo e sair falando mal

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  3. Juliana. Exemplo de mulher. Parabéns, Deus continue te abençoando e iluminando o seu caminho. Mas lembre-se: "Culpa nunca". Deus sabe o porque de você ter ido fazer programas e, quando resolver sair, Deus continuará te abençoando. Te admiro. Bis.

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  4. Ola Juliana, estou pensando seriamente em me mudar para Florianópolis para trabalhar em "casas de massagem" porém não conheço nada aí. Você tem algum contato pra me passar? Aguardo anciosa

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  5. Ola Juliana, estou pensando seriamente em me mudar para Florianópolis para trabalhar em "casas de massagem" porém não conheço nada aí. Você tem algum contato pra me passar? Aguardo anciosa

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