quarta-feira, 30 de março de 2016

Empata Foda

Às vezes me surgem um monte de ideias para escrever aqui no blog, mas nem sempre dá tempo de postar. Se o dia tivesse umas 3 ou 4 horinhas a mais, não seria nada mal. Mas como a realidade não é essa, vou me virando nos 30 (ou melhor, nas 24h).
Os dias no meu local costumam ser corridos (mutchas gracias!), e além da putaria, tenho minha filha, casa, gatos, obra, yoga... Sem falar que na segunda vou começar a correr, e logo as aulas começam também. Ufa! Que haja saúde e disposição, e o resto se dá um jeito!

Mas vamos ao "causo".
Uma tarde dessas estava atendendo um cliente, quando começaram a bater na minha porta. Meu local é uma sala em prédio comercial (que transformei em um apezinho). Atendo sozinha, então organizo meus horários para que não haja encontro entre clientes. E todos eles sabem que só atendo com hora marcada, por isso não aparecem de surpresa (ainda bem!).

Ignorei as batidas na porta, mas elas continuaram.
"Deve ser alguém vendendo alguma coisa" - de vez em quando aparece algum vendedor ou alguém fazendo propaganda de alguma coisa porta a porta.
Continuei o serviço. Já estávamos sem roupa, o cliente pronto pro abate, mas as batidas continuavam e estavam ficando insistentes demais.

E a pessoa não se contentou em bater. Eu estava prestando um serviço oral (leia-se pagando boquete hahaha) quando começaram a mexer na maçaneta da porta e depois enfiavam alguma coisa na fechadura, tentando abrir.

"Agora tá demais!"
A essa altura o cliente já estava todo encolhido, pelado, se escondendo ao lado da geladeira, apavorado achando que poderia ser a mulher dele. Eu também pensei nessa hipótese.
"Como vou esconder esse homem numa sala de 35m2?"

Bom... Não podia deixar alguém ficar forçando minha porta né? "Se for a mulher dele eu me faço de louca e não deixo ela entrar, e se for algum doido eu taco spray de pimenta", foi meu pensamento na hora. Então criei coragem, me enrolei na toalha e abri uma frestinha da porta (nesse dia vi a importância de colocar um olho mágico - preciso urgente!). Dei de cara com uma senhora, tentando abrir a minha porta com uma chave.

"Não é aqui que está pra alugar?"
"Não senhora.
"Mas o moço me disse que é aqui. Me deu até a chave."

Olhei a chave, que tinha o número da sala gravado.

"Senhora, você está no andar errado!" - e apontei para o número da minha sala, que fica bem na porta.
Ela ficou sem jeito, pediu mil desculpas e foi embora.
Acho que nem imagina o susto que deu por alguns instantes! Era tão simples olhar e ver que estava no lugar errado (e na hora mais errada ainda rsrs).

Passado o susto, o atendimento fluiu normalmente.
Coisas que acontecem!!

quinta-feira, 24 de março de 2016

Aposentadoria

Ultimamente eu tenho pensado bastante na minha aposentadoria. Quando entrei nessa vida, estabeleci algumas metas que aos poucos estou conseguindo, enfim, alcançar.

A grande maioria das pessoas que eu comento sobre isso pergunta se eu vou conseguir realmente parar, algumas até afirmam que eu não vou conseguir. Eu confesso que às vezes fico frustrada com essas opiniões negativas. É incrível como muitas pessoas desacreditam que alguém possa ter uma vida normal depois da prostituição. Ainda bem que há tempos parei de viver em torno da opinião alheia - caso contrário, nem teria entrado nessa.

Eu não nasci puta, e não quero ser puta pra sempre. Eu tenho noção que esse não é um dinheiro eterno, e que apesar de o dinheiro realmente rolar, eu não posso e não devo me acostumar com ele. Por isso aprendi a não esbanjar, e focar no que é realmente importante pra mim. Aproveitar essa fase na prostituição para me adiantar, e não para estagnar aqui.

Dinheiro é bom. Ótimo, aliás! Mas a vida segue, e não dá pra viver só em torno dele. Prostituição é uma profissão que se mistura muito com nossa vida pessoal, inevitavelmente, e tem horas que isso pesa.
Se eu fosse solteira (assunto que pouco comento aqui, mas tem uma pessoa esperando ansiosamente pelo momento da minha parada), e não tivesse filho, acho que eu até ficaria mais um (bom) tempo nessa. Pra falar a verdade, gostaria de ter emputecido mais cedo e aproveitado mais. Mas comecei aos 25, estou chegando aos 27 e com vontade de ter uma vida normal de novo (ou melhor dizer, pela primeira vez). Enfim, cada pessoa tem seu tempo e seus motivos né?

Eu tenho me esforçado pra alcançar as coisas que faltam, e aos poucos estou conseguindo. Não pretendo parar hoje, nem amanhã ou semana que vem, mas é questão de mais alguns meses, creio eu.

O que vou fazer depois? É o que a maioria me pergunta. Bom... Vida que segue, né? Pretendo trabalhar normalmente, como sempre trabalhei. A diferença é que dessa vez com casa própria, carro, e a vida mil vezes mais estabilizada. Totalmente diferente de quando comecei, que morava em um quartinho úmido e mofado, longe da minha filha, e às vezes tinha que viver a base de miojo por falta de grana pra uma refeição decente.

Agora em Abril retomo meus estudos, e esse é um dos passos que mais me alegra. Parei de estudar logo que a minha mãe faleceu, e lá no fundo sentia que "fiquei pra trás", mas não dava o passo de voltar aos estudos por falta de tempo, dinheiro, vergonha na cara (principalmente), enfim... Dar esse passo é um recomeço real na minha vida. Depois vem faculdade e tudo mais que eu quero... Mas não há motivos pra ter pressa. Estou procurando viver um dia de cada vez (o Yoga tem sido um grande aliado, me ensinando a estar no momento presente).

A prostituição me serviu (e ainda serve) pra pular bastante degraus, mas em algum momento vou ter que voltar a subir devagarinho - e com calma tudo se consegue!

sexta-feira, 18 de março de 2016

Pé de Cana

Não posso afirmar com toda certeza - pois não fiz nenhuma pesquisa sobre - mas no tempo que trabalhei à noite tive a impressão que o álcool é um problema maior do que as drogas entre as meninas.

Eu quase caí nessa.
Era muito mais tranquilo atender sob efeito de álcool. Eu descobri que ficava mais solta e relaxada, então em dias de mais movimento eu bebia para trabalhar melhor.
Logo chegou pra trabalhar uma menina que bebia mesmo, todos os dias, de manhã, de tarde e de noite. Quando ela dormia na casa, no café da manhã já tomava uma latinha de cerveja. O mais engraçado é que ela não ficava bêbada, pelo menos não parecia alterada, acho que era o estado natural dela rsrs!
Todos os dias ela chegava com uma garrafa de vodka e um energético ou refrigerante, e sem perceber eu e as outras meninas já estávamos no mesmo ritmo. Claro que não era culpa da moça, afinal bebe quem quer... E confesso que a gente se divertia bastante! Nós deixávamos uma garrafa atrás da televisão, cheia de vodka e um pouco de energético, e dávamos SUPER goles antes de cada atendimento.
Chegamos a fazer um rodízio, cada dia uma levava a bebida. E não sobrava nada pra contar história no dia seguinte!

Quando fui para as boates a bebedeira continuou. Geralmente as boates dão uma dose (ou umas, depende a boate) para as meninas no início da noite. Eu sempre pedia a minha dose bem forte: "caprichada, pra incorporar a Juliana". E continuava bebendo no decorrer da madrugada, pois (além de gostar) ganhava comissão pelas bebidas que os clientes pagavam pra mim.

Não demorou muito para ver que estava bebendo demais. Mal chegava na boate e sentia uma verdadeira necessidade de beber. Minha qualidade de vida também não estava aquelas coisas: acordava super indisposta no dia seguinte, me sentia inchada, minha imunidade caiu bastante e sem falar que cheguei tropeçando em casa algumas vezes, o que acho horrível.

Eu vi que não estava legal e fiz o caminho de volta, decidi parar de beber tanto. 
Conversei com o pessoal do bar e pedi para fazerem uns drinks falsos pra mim. Geralmente colocavam só energético.
Não parei de beber totalmente (não dispenso minha cervejinha aos fins de semana), mas nada comparado a antes.

Lembro de uma menina que fazia shows que tomava umas doses fortíssimas antes de cada show, e ela fazia uns 3 show na noite - fora as bebidas que os clientes davam.  Sem beber, ela não conseguia. E isso era muito comum entre as meninas que faziam show. Eu mesma só criava coragem pra fazer strip depois de uma dose de coragem (e uma de álcool).
Uma vez uma menina caiu do pole dance com as costas em um balcão de mármore e saiu de ambulância.

Teve uma época que as meninas estavam bebendo demais, então a dona da boate disse que daria somente UMA dose para cada. Como eu não estava bebendo, algumas pediam para eu pegar a minha dose pra dar pra elas, ofereciam até dinheiro.
Banheiro vomitado era rotina.

Uma das meninas era novinha, tinha acabado de fazer 19 anos e havia começado a trabalhar a pouco tempo. Em um mês ela se transformou, bebia demais e fazia uns escândalos fora de série. Lembro de uma ocasião em que eu estava conversando com um cliente e vi ela passando e esbarrando em umas mesas. Fiquei de olho, pois vi que ela não tava legal, e de repente vi ela "sumindo" nos últimos degraus de uma escadinha que levava ao camarim. Quando fui atrás, lá estava ela engatinhando pelo chão e pedindo pra deixar ela deitada em um canto da boate. Claro que não deixei.

No dia seguinte acordo com uma mensagem da criatura perguntando o que aconteceu, porque estava morrendo de dor no pé!

"Amiga, sua LOKA! Você caiu na escada, se espatifou no chão, andou "de gatinho" e queria dormir no chão. Só isso!".

A noite e seus encantos, hahaha!

terça-feira, 15 de março de 2016

As Drogas

No último post comentei algo sobre nunca ter usado drogas com clientes. Isso é verdade, e posso dizer que é um fato do qual me orgulho, tendo em vista meu passado.

Cresci numa casa onde cada um tinha seu vício. Meu pai era alcoólatra, frequentou o AA durante um tempo e chegou até a se internar em clínicas de reabilitação, mas sempre tinha recaídas e esse era um problema que afetava muito nossa convivência familiar.
Minha mãe tinha depressão, e acabou se viciando nos remédios tarja preta. Eu já estava acostumada com os altos e baixos dela, e sempre a ouvia falando que estava fazendo um tratamento para a depressão e por isso precisava tomar tantos remédios. Só descobri que as coisas estavam fora do controle no dia que a encontrei morta.

Desde nova sempre fui curiosa em relação a drogas. Experimentei tudo o que me ofereceram - e o que não ofereceram também - e cheguei ao extremo em algumas das minhas experiências. Não é nada que eu me orgulhe ou ache bonito , longe disso! Mas faz parte da minha história, entao fazer o quê?
Posso dizer que altos e baixos da minha vida tiveram muito a ver com meu envolvimento com a cocaína e falta de controle sobre mim mesma - principalmente.

Quando decidi começar a fazer programa eu já tinha passado a pior fase. Já tinha torrado uma boa quantia que recebi de herança e tido um horrível início de overdose. Definitivamente não era isso que eu queria pra mim. 
Na primeira conversa com a cafetina o assunto veio à tona e ela comentou que grande parte dos clientes usam alguma coisa.
Naquele momento eu decidi que não iria cair na tentação. Estava começando a fazer programa pra "mudar de vida" e sabia que se voltasse a usar, todo meu esforço seria em vão. Eu não queria me tornar uma dessas garotas que fazem programa para sustentar o vício.

No primeiro ou segundo dia já atendi um cara que começou a cheirar no quarto. Me ofereceu várias vezes, e por mais que houvesse uma certa vontade, me mantive firme. Com o tempo vi que aquilo seria rotineiro. Muitos clientes cheiravam, e eu me acostumei com isso. Alguns passavam horas e horas no quarto usando droga e tentando fazer sexo (isso é, quando tentavam!!).
Conheci clientes que eram totalmente viciados, do tipo que torravam tudo e já eram conhecidos, e outros que nem de longe pareciam usar alguma coisa.

Vi poucas meninas usando. Na verdade nunca cheguei a ver nenhuma, mas sabia que algumas gostavam - apesar de nunca terem falado abertamente.
Rola? Claro que rola! Mas talvez por eu não usar mais, acabava "por fora" sem saber o que realmente acontecia.
Algumas não tinham como disfarçar: a cada vinda do banheiro voltavam mais falantes e "fungando" mais do que o habitual - daquele jeito que quem conhece os efeitos nota de longe.

Muitas gostavam de usar drogas sintéticas também, ficavam super animadas pra trabalhar - e algumas ficavam chatas com tanta energia, ou muito fora da casinha.
Não julgo ninguém. Aprendi que tudo que em excesso faz mal, não importa o que seja.
O grande problema que eu vi e presenciei MESMO na noite foi o alcoolismo. Tem muita menina alcoólatra!

Eu vou deixar pra escrever a respeito no próximo post, porque já começo a lembrar de algumas historias sobre a "mardita"!

terça-feira, 8 de março de 2016

Paranóia

Certa vez me perguntaram em um comentário aqui no blog qual foi o pior atendimento que já fiz. Confesso que entre tantos, fica difícil eleger o melhor e o pior, mas não pude deixar de lembrar de um caso que aconteceu a um tempo atrás.

Foi na época que eu trabalhava a noite. A noite é cheia de bêbados e drogados, então inevitavelmente acontecem algumas situações meio chatas vez ou outra.

O cara chegou e me escolheu. Não aparentava estar transtornado, nem nada disso. Negociamos o cachê e fomos para o quarto. Assim que entrou no quarto pediu uma dose de Whisky e jogou uma peteca bem gorda de cocaína sobre o criado mudo.

-Quer cheirar?
-Não, obrigada. - Recusei educadamente.

É muito comum acontecer isso na noite (clientes que usam drogas, e que nos oferecem). Perdi as contas de quantas vezes aconteceu (e nunca caí na tentação - bom, não com os clientes [assunto para outro post]).
Alguns nem conseguem fazer nada quando estão sob o efeito do pó, ficam falando/espiando/cheirando/bebendo, enfim, são poucos os que realmente conseguem manter uma ereção e gozar.

O cliente em questão sentiu-se bem a vontade e começou a usar seu pó branco. Até aí tudo bem, o nariz é dele, faça o que quiser - desde que esteja pagando pela minha companhia rs.
Ele começou a contar que estava se separando, que ele e esposa estavam brigando na justiça, essas coisas...
Ficamos umas 3 horas no quarto (sem nem ao menos tirar a roupa), até que o dinheiro dele acabou. Aí que começou o problema.
Ele cismou que a esposa estava no lado de  fora esperando ele com a Polícia. Se encolhia no canto da parede e espiava pela cortina. Não tinha NINGUÉM, mas ele jurava que estava vendo. Resultado: não queria sair do quarto.

O horário tinha encerrado, ele não tinha mais dinheiro, e eu não conseguia convencê-lo a sair. Era uma noite de muito movimento na casa, tinha show com umas strippers de fora, e ninguém se deu conta que meu tempo havia estourado (geralmente batem na porta ou ligam para avisar).
Ao mesmo tempo que ele não queria sair, também não parava de cheirar - e cada vez ia ficando pior.
Continuei tentando convencê-lo que não tinha ninguém na rua, e que eu realmente precisava sair do quarto. E aí o sujeito simplesmente tirou a chave da porta!

Respirei fundo e falei que se ele não abrisse, eu iria começar a gritar. E então ele apertou meu braço tão forte que fiquei uma semana com manchas roxas. Ele apertava e mandava eu ficar quieta. Não me deixava chegar perto da porta e nem do interfone.

A essa altura eu já estava bem assustada, e havia percebido que ficar falando e insistindo só iria piorar as coisas.
Falei pela última vez que não havia ninguém, e expliquei calmamente que eu precisava sair do quarto. Fui tomar um banho e me arrumar, pensando no que iria fazer. Eu estava com medo de ele ficar mais agressivo do que já estava.

Por sorte, Deus, ou destino, quando saí do banho ele estava se preparando para sair do quarto também, e eu respirei aliviada. Não sei o que poderia ter acontecido naquele quarto, mas agradeço até hoje pelo fato de ele ter mudado de ideia.

Posso entender perfeitamente os motivos que levam a esposa a pedir separação. Eu hein!

quarta-feira, 2 de março de 2016

Péssima Memória Fotográfica

Lá estava eu na farmácia comprando o estoque de preservativo da semana, quando uma criatura se aproxima de mim e fala:

-Ju?

Bom, Juliana é meu nome "artístico" rs, mas já me acostumei tanto com ele que quando escuto um "Ju" ou "Juliana" é impossível não olhar. Em alguns momentos até me dá um branco quando perguntam meu nome, raciocino uns 2 segundos antes de responder (pra analisar a situação que estou rs).
Olhei. E era comigo mesmo.
O sujeito pergunta:
-Lembra de mim?

Eu dou aquele sorriso amarelo (não fazia ideia) e aquele:
-Oi, tudo bem?

Ele falou alguma coisa sobre eu ter atendido ele um tempo atrás. Eu falei mais alguma coisa, e fui pro caixa. Nada contra clientes me cumprimentarem na rua, mas é que a minha memória fotográfica é REALMENTE péssima. Memorizo textos e datas com facilidade. Mas imagens... Sou péssima! Eu preciso ver a pessoa algumas vezes até memorizar o rosto, e isso já me rendeu alguns constrangimentos.

Na casa de massagem tinha entra-e-sai o dia inteiro. Era bem difícil decorar o nome ou a fisionomia de todos. Eu tinha costume de chamar todos por nomes carinhosos, como "gatão", "coração" (hoje em dia costumo chamar de meu anjo ou amore rsrs)... Certo dia atendi um moreno que gostou muito de mim. Atendimento normal, tudo ok.
Alguns dias depois ele volta, e eu abro a porta:
-Oi gatão, tudo bem?

Ele me dá um beijo no rosto, entra, e eu pergunto:
-Você já conhece a casa? - Eu realmente não lembrava que era o mesmo sujeito que eu havia atendido alguns dias antes!
-Você não lembra de mim?
-Annn... Não!
-Então você chama todos de gatão?
-Sim... (Sou sincera!).

Ele fez uma cara muito triste. Coitado. Mas realmente não foi intencional, a culpa é da memória fotográfica!
Fizemos o programa, mas ele não apareceu mais.

Outra vez atendi um cliente na boate numa segunda-feira, e na terça ele voltou. Pensem no conjunto: boate, bebida, luz negra... Tudo fica mais complicado ainda! Cheguei e comecei a puxar assunto:
-Qual seu nome, de onde é, está passeando ou a trabalho - etc.

Ele perguntou:
-Você não é a Juliana?
-Sim, sou... 
-Vou no carro buscar uma coisa e já volto.
Ele nunca mais voltou. Depois uma colega me falou que eu tinha atendido ele na noite anterior, daí eu lembrei - mas já era tarde rsrs!

Hoje em dia, como tenho contato com menos clientes por dia, e a maioria tem foto no Whatsapp, fica mais simples - mas mesmo assim é capaz de esbarrar com alguem na rua e não ter certeza se e a pessoa.